segunda-feira, 11 de junho de 2012

Analfabetismo


       Se perguntarmos para as pessoas o conceito sobre analfabetismo, iremos obter a seguinte resposta : A pessoa que não sabe ler e escrever é considerada analfabeta. Este conceito é muito objetivo e de fácil entendimento, mas a UNESCO completa esta definição da seguinte forma: "Uma pessoa funcionalmente analfabeta é aquela que não pode participar de todas as atividades nas quais a alfabetização é requerida para uma atuação eficaz em seu grupo e comunidade, e lhe permitem, também, continuar usando a leitura, a escrita e o cálculo a serviço do seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade".

      Esta visão é mais ampla do que pensarmos apenas no significado do analfabetismo, mas também nos problemas que esta pessoa têm em relação à sociedade e no impacto gerado.
      
      Segundo especialistas em educação, as taxas de anafabetismo, tratadas dentro do universo de números e metas, deveriam também ser analisadas dentro da área de política social e econômica, entendendo que a população que é considerada analfabeta também sofre de outros problemas que afligem diretamente o Brasil, coicidindo com o mapa da fome, com o do desemprego e de alienação, segundo a pedagoga Silvia Colello, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

      Segundo o IBGE somos no total 14 milhões de analfabetos. Desses, a maior parte encontra-se na região do Nordeste, em municípios com até 50 mil habitantes, onde 28% na população com mais de 15 anos, entre negros e pardos e na zona rural, ou seja, encontra-se na população historicamente marginalizada.

       A pessoa capaz de ler e escrever um simples bilhete é considerada alfabetizada pelo IBGE, o que não traz animo quando sabemos que de 2000 à 2010 houve uma redução de 29% nos números apresentados.

       É necessário avaliar que programas de alfabetização para diminuir estes números são necessários, porém apenas a aprendizagem da linguagem técnica não é suficiente para incluir o indivíduo na sociedade. Uma política educacional que tivesse como foco uma mudança no modo de pensar desses indivíduos, incentivando a análise crítica da leitura e a importância de sua participação na sociedade não apenas mudariam os números dos censos realizados mas o rumo da educação de nosso país.

Um comentário:

  1. Em minha opinião, os conceitos para o analfabetismo foram criados como forma de mascarar uma realidade, pois em pesquisas são considerados analfabetos somente aqueles que não sabem ler nem escrever uma única palavra. Se a pessoa sabe escrever seu próprio nome já não entra mais como analfabeto. Mas se formos ver a fundo, os números são muito maiores, pois analfabeto, pra mim, é toda pessoa, letrada ou não, que não é capaz de compreender o que lê, não é capaz de redigir um texto minimamente compreensível, utiliza mal os cálculos. Essas pessoas não são as principais culpadas, o foco do problema está no pouco investimento na educação, o desinteresse do governo em criar oportunidades de aprendizado e de incentivar a leitura. O verdadeiro culpado de tudo isso é o sistema ao qual fomos submetidos e que ninguém parece ter o interesse de mudar.

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